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quinta-feira, 9 de maio de 2013

MANDALAS E ARTE TIBETANA

OS CINCO BUDAS DHYANI



Mandala dos Cinco Buddhas Dhyani



Para o iniciado, a mandala dos Cinco Buddhas Dhyani é, ao mesmo tempo, um diagrama cósmico do mundo e de si mesmo. É um instrumento para o crescimento espiritual e a experiência mística - um mapa para a iluminação viva, com possibilidades divinas.

Os Cinco Buddhas Dhyani: Guias para a Transformação Espiritual

Os Cinco Buddhas Dhyani são: Vairochana, Akshobya, Ratnasambhava, Amitabha e Amoghasiddhi. Os budistas tibetanos acreditam que o Adi-Buda, o ser primordial e o mais elevado, criou os Buddhas Dhyani pelos seus poderes meditativos.

Os Cinco Buddhas Dhyani são Buddhas celestiais, visualizados durante meditações. A palavra Dhyani é derivada do Sânscrito Dhyana, significando "meditação". Os Buddhas Dhyani são também chamados Jinas ( "Vitoriosos" ou "Conquistadores") e são considerados grandes curadores da mente e da alma. 
Não são figuras históricas, como Gautama Buda, mas seres transcendentes que simbolizam os princípios ou forças universais divinas. Eles representam vários aspectos da consciência iluminada e são guias para a transformação espiritual.

Cada Buda Dhyani é associado a certos atributos e símbolos. Cada um incorpora uma das cinco sabedorias, antídotos dos cinco venenos mortais que são de extremo perigo para o progresso espiritual do homem e o mantém preso à existência terrena. Os budistas ensinam que os Buddhas Dhyani são capazes de transmutar os cinco venenos em suas sabedorias transcendentes. O Livro Tibetano dos Mortos recomenda que o devoto medite nos Buddhas Dhyani de modo que suas sabedorias substituam as forças negativas que ele permitiu se desenvolver internamente.

Cada Buda governa uma das direções espaciais ou um dos reinos cósmicos: éter, água, terra, fogo e ar. Os Buddhas Dhyani também personificam os cinco skandhas, componentes que integram a existência cósmica e também a personalidade humana. Esses componentes são: consciência, forma, sentimento, percepção e volição.

Adicionalmente, cada Buda Dhyani é associado a uma cor específica, a um mudra (gesto de mão), a um animal simbólico que sustenta seu trono, a um símbolo sagrado e a um bija (sílaba semente). O bija representa a essência do Buda Dhyani. Pode ser usado com a sílaba sagrada OM e com o nome do Buda para criar mantra, uma série de sílabas místicas que tem um significado esotérico. No Hinduísmo e no Budismo, os discípulos recitam mantras para evocar o poder e a presença do ser divino. Em algumas tradições, os devotos usam mantras na meditação, para ajudá-los a ser um com a deidade que estão invocando.

"Repetindo o mantra e assumindo o mudra de um dos Buddhas", escreve um monge budista e professor Sangharakshita, "não apenas se pode colocar em correspondência ou alinhamento com essa ordem particular de realidade que ele personifica, como também, ser infundido com seu poder transcendental.." 



Mandalas: Mapas para a União Mística
 
Os budistas freqüentemente retratam os Buddhas Dhyani numa mandala. Mandala é uma palavra sânscrita que significa "círculo", traduzido em textos tibetanos como "centro" ou "o que cerca". Alguns dizem que a palavra deriva de manda, significando "essência". A mandala, um círculo, denota a totalidade, a completude e a perfeição da budicidade. A mandala é também um "círculo de amigos" - uma reunião de Buddhas. Tradicionalmente, mandalas eram pintadas em thangkas (pintura em pergaminho de seda), desenhadas com areia colorida, representadas por pilhas de arroz ou construídas tridimensionalmente, freqüentemente com metal fundido.
Um Buda Dhyani é posicionado no centro, bem como em cada ponto cardeal da mandala. Mandalas eram originalmente compostas no chão em frente do meditador e, portanto, orientadas em direção à pessoa que as está contemplando. O ponto mais próximo do contemplador, na base da mandala, é o Leste. A mandala continua em sentido horário, seguindo o curso do Sol, com o Sul à esquerda do contemplador, Oeste no topo e o Norte à direita. Lama Anagarika Govinda, um dos intérpretes pioneiros do Budismo Tibetano para o Ocidente, explica: "Da mesma forma que o Sol se ergue do Leste e, portanto, começa o dia, o praticante entra na mandala através da porta oriental, a porta em frente à qual está sentado.


A mandala é um espaço sagrado e consagrado, onde nenhum obstáculo, impureza ou influência dispersiva existe. 


Os budistas usam mandalas para ajudá-los na meditação e visualização. "Todas as mandalas", escreveu o tibetólogo Detlef Lauf, "originaram-se das sílabas-sementes ou bijas-mantras das deidades. Durante a meditação sobre esses mantras, uma radiância elemental de luz se desenvolve, de onde sai a imagem dos Buddhas"3 . Mandalas são ricas em simbolismo. As séries de círculos na periferia da mandala simbolizam proteção contra influências externas. O círculo mais externo das chamas significa o conhecimento que destrói a ignorância ou simboliza o mundo dos fenômenos que o devoto abandona, assim que ele entra na mandala. As chamas podem também representar a Montanha de Fogo que proíbe o não-iniciado de receber os mistérios. O anel das pétalas do lótus dentro do círculo de fogo significa o mundo espiritual, o renascimento espiritual, o desabrochar da visão espiritual ou a pureza do coração que é necessária para a efetiva meditação.

A parte central da mandala (representada pelo quadrado dentro do círculo) simboliza o palácio ou o templo, com quatro portões nos quatro pontos cardeais. Fora das paredes do palácio, há símbolos propícios e vitoriosos. Nessa mandala, cada portão é orlado por um estandarte de vitória e um precioso pára-sol (ou guarda-chuva). Há dois dos oito Símbolos Auspiciosos que comemoram os dons que Gautama Buda recebeu, após ter alcançado a iluminação. Os budistas acreditam que esses oito símbolos trazem boa fortuna. O estandarte de vitória simboliza a vitória da espiritualidade ou a vitória do corpo, mente e fala sobre todos os obstáculos. O pára-sol simboliza a dignidade real e a proteção contra os obstáculos, prejuízos e o mal.

Os quatro portões do palácio conduzem para o círculo mais interno, o foco da mandala. "Mandalas aparecem como círculos ao redor do centro sagrado", escreve os autores Blanche Olschak e Geshe Thupten Wangyal. "Essas representações são a planta das residências celestiais do visionário, em cujo centro está manifestado o poder sagrado que deve ser invocado. Toda a mandala é uma fortaleza construída ao redor dessa força búdica"4. Em sua meditação, o discípulo concentra o foco no centro da mandala até que, finalmente, possa integrar-se com o poderoso núcleo.

O discípulo usa a mandala para encontrar seus elementos dentro de si mesmo. "Assim que ele entra na mandala, "escreve o historiador religioso Mircea Eliade, "encontra-se num espaço sagrado, fora do tempo; os deuses já desceram dentro da ... insígnias. Uma série de meditações, para as quais o discípulo tem sido preparado, antecipadamente, ajuda-o a encontrar os deuses em seu próprio coração.



Numa visão, enxerga-os todos emergindo e saltando de seu coração, preenchendo o espaço cósmico para, então, serem reabsorvidos... Entrando mentalmente na mandala, o yogin aproxima-se de seu próprio 'centro'. O yogin, começando com este suporte iconográfico, pode encontrar a mandala em seu próprio corpo".

Portanto, com todos esse simbolismos, a mandala não é mera imagem externa do poder celestial. Os Budistas acreditam que uma mandala é um receptáculo do poder sagrado que ele retrata. O propósito de cada uma das imagens simbólicas é ajudar o meditador a realizar o poder divino dentro de si e a alcançar sua própria perfeição interna.

"Toda a parte externa da mandala é um modelo desse padrão espiritual que o meditador vê em seu interior e que ele deve empenhar-se em experimentar em sua própria consciência", diz Lauf. " Os Buddhas [Dhyani] são vistos como seres cujas atividades se manifestarão por si só, através do próprio homem. A mandala, portanto, torna-se um plano cósmico no qual o homem e o mundo são ordenados e estruturados similarmente. Os Buddhas da meditação apenas desenvolvem suas atividades benéficas, na medida em que o iniciado é bem sucedido em reconhecer e realizar essas características e forças simbolizadas, dentro de si.



Conforme o renomado orientalista Giuseppe Tucci explica: "Os cinco Buddhas não permanecem em formas divinas remotas em céus distantes, mas descem entre nós. Eu sou o Cosmos e os Buddhas estão em mim. Em mim, está a luz cósmica, a misteriosa presença, mesmo que ela esteja obscurecida pelo erro. Mas esses cinco Buddhas Dhyani, entretanto, estão em mim, eles são os cinco constituintes da Personalidade humana.

O Dalai Lama ensina: "Mandala, em geral, significa aquilo que extrai a essência... O principal significado [ da mandala] é para se entrar no interior da mandala e extrair a essência, no sentido de receber bênçãos. É um lugar para obtenção da magnificência.




Para o discípulo que sabe como usá-la, a mandala é, portanto, um mapa dos passos progressivos da autotransformação e da união mística. Representa o crescimento da semente da budicidade dentro de si. "O meditador", diz Lama Govinda, "deve imaginar-se no centro da mandala como a personificação da figura divina da perfeita budicidade". E essa budicidade, diz ele: "somente pode ser encontrada na realização de todas aquelas qualidades que , conquistadas no total , formam a riqueza da mandala"






A Arte Sagrada do Tibet: Trazendo o Céu para a Terra

Essa litografia é baseada nas tradicionais mandalas budistas tibetanas. As imagens dos Cinco Buddhas Dhyani são fotografias dos refinados entalhes de estátuas tibetanas e nepalesas, esculpidas entre os séculos XIII e os primórdios do XV, quando as representações desses Buddhas eram populares. Pelo fato de serem seres celestiais e não-históricos, os Buddhas Dhyani são mais freqüentemente representados com jóias e uma coroa que em simples mantos de um Buda.




Para o tibetano, criar um trabalho de arte é um ato religioso. Nesse estágio, o artista, um monge ou lama oferece certas preces e rituais. Ele freqüentemente coloca pergaminhos de textos religiosos, oferendas votivas e grãos dentro das estátuas. Quando o trabalho é completado, o monge ou lama realiza a cerimônia de consagração.

Os tibetanos usam a arte como um método de trazer o céu para a terra e elevar o homem além das fronteiras terrestres, para o reino da paz e da harmonia. Eles acreditam que a estátua de um Buda, por exemplo, é a presença viva daquele Buda, que se torna um com o seu ícone.

 
Como em outras obras de arte tibetana, as figuras descritas aqui exprimem elegância e também poder. Essa é a singular característica, charme e missão da arte sagrada tibetana. O real se une ao transcendente. Graça e pureza são fundidos com vitalidade e poder. Detalhe cuidadoso e precisão se unem com espontaneidade. O resultado é que, por esse instrumento, o outro mundo e a perfeição dos reinos iluminados se aproximam, inspirando o observador a realizar o seu próprio potencial divino.

Fonte : www.sintoniasaintgermain.com.br

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